Chicago é sensacional!

Minha adorável esposa e eu fomos a Chicago no início de 2018, na nossa primeira e muito esperada viagem para os Estados Unidos. Começamos por Nova Iorque e, no primeiro dia de fevereiro, partimos para curtir 8 incríveis dias na Windy City, para então retornarmos a NY que, em princípio, era o destino principal (ou mais esperado) da nossa viagem. Surpreendentemente, foi Chicago que nos deixou com aquele sentimento de “precisamos voltar um dia”. Temos tantos lugares para conhecer e, na boa, repetir figurinha nem sempre rola, mas com Chicago rola muito!

Escolhemos a cidade por ser uma das maiores dos EUA (curtimos grandes metrópoles :p), também muito influenciados pela nossa madrinha de casamento que ama Chicago e, por fim, com um interesse especial de minha parte, por eu ser guitarrista e curtir blues.

Sentimos que algo muito importante para tornar a nossa viagem ainda mais memorável foi o lugar onde ficamos, no coração do Loop, muito perto de tudo. Caminhamos pra caramba (uma média de uns 12 km por dia), ao norte, atravessando o Chicago River e indo até o John Hancock Center, e ao sul, até o Field Museum, junto do Shedd Aquarium e Adler Planetarium.

O que mais curtimos? Cara, na primeira vez que nos perguntaram eu até travei pra responder… e acabei concluindo que o simples andar pelas ruas torna as viagens incríveis para nós, principalmente porque curtimos frio e aproveitamos dias super agradáveis com neve. Mesmo nos dias com frio de -15º, a gente
ficava faceiríssimos de estar na rua.

 

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Apesar das caras, a gente curtiu muito a neve

 

O Millenium Park era um dos principais destinos, pois era o nosso caminho para a maioria dos passeios. Claro que esticamos até o Maggie Daley Park, que fica ali do ladinho, atravessando pela pontezinha bacana que fica logo depois do Jay Pritzker Pavilion. Lá fomos sofrer (eu, no caso) e descobrir que não
servimos (eu, de novo) para patinar no gelo. E acabou que o Ice Skating Ribbon do Maggie Daley foi a melhor escolha, pois é uma pista ao invés de um ringue, como é o Ice Skating do Millenium Park (que fica bem na frente do Cloud Gate – Bean/Feijão). No ringue, eu passaria ainda mais vergonha… hahaha.

Seguindo ao sul do Millenium Park, passamos pelo belíssimo Art Institute Of Chicago – que acabamos não visitando 🙁 e entramos no Grant Park para irmos até o Field Museum. Tínhamos a ideia de visitar o museu, aquário (Shedd) e o planetário (Adler) tudo num único dia, mas quando percebemos, já
estávamos há mais de 3 horas no Field (que museu incrível – destaque pra Sue, uma T-Rex quiridona… ou nem tanto) e, enfim, encaixamos o Adler no roteiro do dia, meio na pressa, pouco antes de fechar, mas conseguimos visitar todas as alas e ainda curtir uma exibição show de bola na tela de cinema envolvente, uma espécie de cúpula, que nos fazia sentir como se estivéssemos no espaço de verdade. E assim, deixamos o Shedd Aquarium como roteiro de outro dia. Novamente fomos ao sul caminhando, mas nesse dia voltamos de Uber, pois nevava bastante e era difícil caminhar na rua. O aquário é sensacional!

Para visitar essas três atrações, compramos o Chicago City Pass, que também nos garantiu algumas exibições exclusivas do pass, como o cinema no Adler e um filmezinho especial sobre a Sue no Field Museum. Valeu muito a pena comprar o pass, pois tinham atrações que certamente iríamos e a economia foi grande. Além dessas três, as duas próximas:

O Museu da Indústria e Ciência (até lá fomos de trem – o único que pegamos para andar pela cidade), que é grandioso e muito massa, embora chegamos a achá-lo um pouco mais lúdico e direcionado para crianças, e o Sky Deck da Willis Tower, um dos pontos altos (literalmente) da viagem. Ver Chicago do alto a torna ainda mais incrível. Chegamos antes da noite, então curtimos o anoitecer, vendo Chicago de dia e toda iluminada na noite. Curioso é que, só no último dia em Chicago, notamos que o topo da Willis Tower podia ser vista da janela do nosso quarto do hotel… haha.

 

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Millennium Park

 

Aliás, o hotel fez uma enorme diferença pra nós, pois realmente estávamos bem confortáveis e com uma incrível vista de Chicago no 25º andar do Comfort Suites, que fica na Michigan Avenue, a 5 minutinhos do Millenium Park.

Chicago foi tão especial para nós que, no segundo dia lá, 2 de fevereiro, era aniversário da Melissa (minha adorável esposa). Nesse dia, passamos logo cedo no Millenium Park pra curtir umas fotos com o Cloud Gate e de lá fizemos uma transmissão ao vivo pelo face com um frio de -15º para os nosso amigos e familiares do RS que estavam torrando no verão e que, assim como nós, se contentam com inverninho de 0º (pfff!). Mas o dia era da Melissa, então ela comandou o roteiro e, claro, fomos às compras. Antes mesmo de irmos ao parque, passamos na Target que fica próximo ao bonito prédio da Macy´s (com o famoso relógio verde na fachada). Na Target encontramos bons casacos, comprei luvas novas, bem boas, pra poder usar o smartphone sem tirá-las e, aí sim, fomos encarar o frio.

O caminho das compras nos levava mesmo ao norte do Chicago River, mas primeiro passamos na Apple Store (nem planejávamos visitar, pois tínhamos comprado nossos iPhones em NY), mas a loja é uma das construções mais lindas que já vimos. Muito vidro e muita simetria em todos os contornos da obra, bem na beirinha do Chicago River. Ficamos alguns minutos lá, até pra descolarmos uma Wi-Fi :p (fica essa dica… e mais uma: parar ao lado de uma Starbucks… haha). Voltando no caminho ao norte (sim, o cara se perde na sequência do texto assim como se perde nas ruas de Chicago… tu tem um destino, mas aparece tanta coisa legal no caminho)… ah, vou começar um novo parágrafo.

O “Melissa´s Day Of Fun” seguiu rumo ao norte, em busca de lojas de sapatos (ela sempre quer visitar, mas sério, quase nunca compra – mulher melhor não há), roupas e outras coisas. Não vou lembrar de todas as lojas, mas fomos numa Macy´s enorme (e ainda menor do que a Macy´s do Loop), onde a Mel comprou vestido e algo mais. Num geral, coisas de marcas super caras são vendidas com bons descontos e, no final das contas, acaba ainda parecendo caro – para o nosso perfil de compra, mas o vestido da Mel estava com 87% de desconto ou algo assim. Pra quem não se pilha em seguir a última moda de Paris, tá tudo certo e, pra mim, ela ficou lindíssima (fui eu que achei o vestido pra ela provar
:p). A gente curtiu mesmo foi a Marshalls, que ficava no mesmo prédio de uma T.J. Maxx. Lá eu acabei comprando uma bota de motoqueiro muito da bacana por 19 doletas (baratíssimo) e compramos uma mala pra levarmos as compras (eita!). E então, no dia da Mel, voltamos até bem tarde pra casa, e esgotados do bate-perna.

(Neste momento já começo a pensar que este texto vai ficar longo, mas não tem como falar de Chicago com menos detalhes).

A Melissa já tinha curtido demais Chicago, e eu também, mas ainda tinha o viés guitarrista/apaixonado por música, guitarra e blues. Num domingo de muita neve, chamamos um Uber para irmos conhecer a Chicago Music Exchange. Eu conhecia o lugar por um vídeo que eu havia compartilhado no face uns tempos atrás, mas nenhum vídeo seria capaz de retratar aquele lugar. É uma loja, mas parece mesmo um museu da guitarra. Paredes repletas delas e uma decoração do ambiente que te faz querer morar lá. É um parque de diversões pra mim! Mas nem comprei nada (já tinha encomendado meu amplificador em NY para busca-lo no retorno pra lá)… digo, comprei uma camiseta, que depois nem serviu, mas ok.

 

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Um museu de guitarras

 

Saímos de lá (eu sem conseguir deixar de pensar no lugar) a pé numa longa caminhada com neve pegando. Passamos por um bairro residencial muito bacana de Chicago, bem aqueles cenários de filmes, até chegarmos no Lincoln Park Zoo, um zoológico sensacional e grátis. Uns leões fizeram valer a visita,
pois nevava muito e a maioria dos animais estavam escondidos e bem abrigados. Nesse zoo comemos o famoso hot dog Chicagoan (pra nós foi mais bonito do que gostoso, na real). Mas o dia era da música/guitarra/blues, e o plano era irmos no Buddy Guy´s Legends pra encerrar o dia. Acontece que pegamos um Uber pra voltar do zoo e começou a bater aquela lombeira, daí cheguei no hotel com algo estranho no estômago (sim, acontece isso em viagens também – mas devia ser algo relacionado ao êxtase da Chicago Music Exchange… hahaha) e acabamos ficando no hotel, até porque nesse dia tinha o Super Bowl, que assistimos ao estilo americano (comendo porcarias).

O Buddy Guy´s Legends ficou pra outro dia, depois de visitarmos a Willis Tower no final do dia, mas ao chegarmos no bar, pediram nossa identificação e a Mel não tinha com ela (nem o passaporte), então voltamos pra casa meio chateados. No dia seguinte tínhamos planos mais intensos, não lembro, talvez o passeio até o Navy Pier (vou abrir parênteses pra falar aqui sobre esse lugar incrível com uma roda gigante sensacional, na beirinha do imenso, azul e congelado lado Michigan – vale muito a pena!) e algumas coisas mais, então, uns dois ou três dias depois, voltamos ao legendário bar de blues. Suspirei em cada instante, desde a ótima cerveja (e drink da Mel) servida com uma porção de camarão até as
guitarras penduradas na parede e assinadas por grandes caras. O bar é grande e estava quase vazio, pois fomos pelas 19h e o show começava pelas 21h30. Um cara tocava blues sozinho no palco e o ambiente era incrível. Na saída, comprei lembranças pra mim e para amigos ligados ao blues. Pena que, pouco antes da viagem, ao consultar a agenda, soube que o Buddy Guy passa quase todo o mês de janeiro pelo bar, tocando em shows com seus amigos e grandes guitarristas que eu curto. Exatamente em fevereiro, quando chegamos, ele saiu em turnê pelos Estados Unidos. Paciência. Mas valeu cada segundo estar lá.
Pra mim, era algo tipo “solo sagrado”.

 

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Solo sagrado do Blues: Chicago / Buddy Guy’s Legends

 

Nos últimos dias em Chicago já estávamos quase naquela deprê de “puxa, mas já?”, mesmo com a empolgação de voltar para NY, mas curtimos um pouco mais da cidade. Experimentamos a tal da Deep Dish Pizza (no Gino´s East), que já estava dando o que falar porque duas amigas nossas disseram que erramos feio ao comer a pizza tradicional no Giordano´s logo que chegamos em Chicago (ora bolas… como assim? Hahaha), e foi bem legal para absorvermos um pouco mais da cultura do lugar, embora nós, fãs de pizza, curtimos mais a tradicional que temos aqui (até a tradicional deles não é o bicho viu).

A despedida mesmo foi numa madrugada em que saímos às 4h30 para irmos ao aeroporto, debaixo de muita neve, ao ponto de desistirmos de caminhar 7 minutos até a estação de trem, chamando um Uberzinho. Aliás, falando de transporte, foi basicamente um trem do aeroporto para o hotel (e vice-
versa), e esse trem tem um viável custo de 5 dólares por pessoa; um trem para o Museu de Indústria e Ciência, de onde voltamos com um Uber, pois deu elas-por- elas com o custo do trem; e mais alguns Uber´s para deslocamentos (sei lá, uns 5, talvez). O resto foi com caminhadas que pareciam ser “até logo” de tão bacana que a cidade é. No final, víamos no app do iPhone que tínhamos caminhado uns 7 km sem parar de um ponto ao outro. Então tudo ficou mais fácil e melhor por estarmos bem localizados no Loop.

Voltaremos a Chicago? É claro que sim! Perdemos o jogo do Bulls (por uma infelicidade de agenda, eles jogavam em Chicago um dia antes de chegarmos e na noite do dia em que partimos), fomos numa época em que não rola baseball (a temporada começa em abril) e ainda tinham outros bares de blues que eu gostaria de conhecer, além do Art Institute e outros museus (aliás, quase esqueci, conhecemos também o museu do dinheiro no caminho para a Willis Tower. Bem divertido, entrada grátis, fotinho grátis e nos dão até um saquinho de dinheiro… é claro que são umas notas de 1 dólar picadas né :p).

Chicago é sensacional! E agora, todo filme ou série que vemos e que foram gravados em Chicago desperta nossa atenção quando mostra lugares que estivemos. É muito massa!

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Gian Bazzo e Melissa Sell

Empresário/escritor e professora
Lajeado / Rio Grande do Sul

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