Cara, preciso voltar lá!

Fui para Chicago em abril de 2015 junto com minha esposa. Escolhemos Chicago por muitos motivos, vou citar alguns importantes. Ficamos hospedados no apartamento da irmã da minha esposa, motivo esse que possibilitou ficarmos em Chicago por aproximadamente 50 dias, muito mais do que uma viagem de férias. O plano durante essa estadia era fazer uma imersão na cidade, usufruí-la, como qualquer outro chicagoan. Outro motivo importante para nossa viagem, é que eu queria a muito tempo fazer um curso de língua inglesa fora do Brasil, o nosso tempo de estadia possibilitou isso também. Na medida que meu trabalho profissional me possibilita não estar presente, ele continuou o mesmo, destinei algumas horas para trabalhar, estudar e aproveitar a cidade.

Me matriculei na escola de inglês chamada Intrax (atualmente mudou para Stafford House), em um curso de 2 semanas. As aulas eram ministradas por professores nativos, que tinham um rígido controle na questão de falar somente inglês dentro do ambiente de ensino. De qualquer forma eu não conseguiria falar uma palavra em português, já que meus colegas eram das mais variadas partes do mundo, como Arábia Saudita, Tailândia, China, Japão e Catar. Com toda a experiência cultural obtida através desses colegas, tal experiência foi também um grande aprendizado sobre a cidade, já que os professores que tive, nasceram e cresceram na própria Chicago.

Após terminar o curso de 2 semanas, me matriculei na Truman College, em um curso de inglês gratuito que eles chamam de ESL (English as a Second Language). Por ser gratuito, esse curso atrai muitos imigrantes, que querem melhorar seu inglês, e que moram e trabalham em Chicago. Foi uma grande experiência dentro de um college americano.

A cidade possui inúmeras atrações e passeios, portanto durante o tempo que ficamos por lá fomos a muitos lugares. Alguns dos lugares que recomendo a todos irem, tão logo cheguem a Chicago, é o passeio, caminhando, pela Michigan Avenue e admirar o que o chamam de Magnificent Mile. Não tivemos fôlego o suficiente, mas quem tiver, recomendaria iniciar a caminhada no Millenium Park e terminar no Lincoln Park. A Michigan Avenue é a avenida mais famosa da cidade, fica bem no centro, possui prédios incríveis, misturados entre o novo e o antigo, como o John Hancock e o Water Tower Place (única construção que resistiu ao grande incêndio de 1871). Para ver a cidade da parte mais alta, fomos no Skydeck (assustador!) que fica no Willis Tower, um dos prédios mais altos do mundo.

 

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Gosto muito de museus, e Chicago foi um prato cheio pra mim. Não consigo estabelecer um ranking entre eles, pois cada um tem sua característica única, mas cito os que mais gostei e recomendo. O museu com o nome de The Field Museum é fantástico, possui o mundialmente famoso fóssil da Sue, nome carinhoso dado ao maior, mais completo e preservado fóssil de um T. Rex já encontrado. Recomendo a sessão do Egito antigo, com sarcófagos e múmias.

 

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Outro museu da lista dos que mais gostei, foi o Museum of Cience and Industry, fortemente recomendo pra quem curte ciência. Possui exposições móveis em várias partes do museu, então cada vez que você vai existe algo novo no museu. Eu tive a sorte que, no dia em que fui (na verdade fui duas vezes), teve uma exposição de robôs, os quais não somente vi, mas também pude interagir, simplesmente incrível! Além disso o museu conta a história de veículos de transporte, como trens e aviões, inclusive com um modelo real de um Boeing 777, que você pode entrar e conhecer. Outro modelo real que o museu possui, no subsolo, é o submarino alemão U-505 da 2a Guerra Mundial, caçador, responsável por afundar oito embarcações, e famoso por sua tecnologia, muito superior naquela época. O museu, além de conter uma completa explicação de fenômenos físicos, conta também com uma completa reprodução de fenômenos meteorológicos, entre eles a simulação de um raio (obviamente com espaço e potência reduzida controlada, mas com um barulho bem legal!). Outro museu importante que recomendo, para quem quer saber mais da história dos EUA e da própria Chicago, é o History Museum of Chicago, para aqueles que tem dúvidas referente ao grande incêndio de 1871, esse é o lugar de todas as respostas.

O grande Art Institute é o museu das artes e obras famosas, possui milhares delas. Tem outras coisas legais também, como coleções de objetos e armas medievais.

Outro lugar sem dúvida incrível é o Shedd Aquarium, lugar das mais variadas espécies aquáticas, vindas do mundo inteiro. Tem um aquário gigante no centro, e shows como o de belugas e focas treinadas. Ele fica ao lado do lago Michigan, então uma coisa que fizemos, foi ir de bike pelo entorno do lago até chegar lá. Aliás, andar de bike é uma excelente forma de conhecer a cidade. Logo ao lado do Shedd Aquarium, fica o Adler Planetarium, o primeiro planetário da América. Fortemente recomendo, para aqueles que gostam de exploração espacial e do nosso sistema solar.

 

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Ao lado do lago Michigan também tem a Navy Pier, é um lugar pra fazer de tudo. Algumas coisas que fizemos por lá: almoçamos e jantamos em alguns dos inúmeros restaurantes, cito o Bubba Gump, obviamente para quem gosta do Forrest Gump, é obrigatório ir. Fomos ao cinema, com uma gigantesca tela. Andamos na famosa roda gigante da Navy Pier. Assistimos a um show de fogos de artifício. Passeamos muito pelo local, possui uma vista linda para o lago.

 

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Falando do lago Michigan, fomos a um passeio de barco, que iniciava nele e entrava no Chicago River, onde pudemos ver os arranha-céus sob a visão do rio.

 

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Um lugar de visitação livre que gostei bastante, um pouco distante da cidade, é o Jardim Botânico de Chicago, um lugar lindo, enorme, calmo, bem cuidado e muito atrativo.

Um dos prazeres que tenho em viajar, é comer (sim, sou comilão 🙂 ), e Chicago reúne coisas deliciosas do mundo inteiro nessa questão. Eu comi tanta coisa que nem me lembro mais, mas recomendo hamburguers e pizzas, difícil escolher um lugar pois gostei da maioria.

Em certa noite, fomos a um tradicional bar de blues chamado Kingston Mines, existem vários bares como esse na mesma rua, o lugar é conhecido por ser o berço de figuras ilustres do blues. No Kingston Mines, o grande B. B. King, tocara duas semanas antes de seu falecimento, fomos no bar duas semanas depois.

 

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Sobre jogos esportivos, pudemos prestigiar um jogo do Chicago Cubs, no histórico Wrigley Field. Detalhe que chamou a minha atenção nesse jogo, era uma quinta-feira, 15 horas, e o estádio estava completamente lotado. Após o jogo, o pessoal sai do estádio para descontrair nos inúmeros bares que ficam ali perto.

Outro jogo importante que pudemos assistir no estádio, foi do Chicago Bulls, em um jogo de playoffs. Vimos o Bulls perder em casa, infelizmente, mas o jogo inteiro é um espetáculo à parte, com várias atrações nos intervalos, vale muito a pena.

Existem muitas outras coisas pra se fazer, como um food tour com um guia pelos restaurantes e provar algumas delícias, ou o passeio pelas casas e pelos locais de crimes na época de Al Capone. São tantas atrações que não caberia aqui citar todas. Uma dica final que eu posso dar, e que tornou a experiência em Chicago muito divertida, foi comprar alguns ingressos pelo Groupon, aqui do Brasil mesmo, para alguns eventos que aconteceram durante nossa estadia por lá. Normalmente são eventos que não teríamos descoberto apenas passeando pela cidade, pois não são exclusivamente para turistas e sim para moradores de Chicago, como uma feirinha local e um festival de sobremesa.

Um pensamento que fica ao lembrar de Chicago é: “Cara, preciso voltar lá!”.

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Bruno Germano Neumann

Programador

Rio Grande do Sul

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